Archive for fevereiro \27\+00:00 2009

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Afinal, fim do amor, enfim.

27/02/2009

kurtvf8

Na minha humilde opinião – acho, pode ser, suponho – a fútil vida levada no dia-a-dia, as atitudes pequeninas, as interpretações, que o desgastam. As manias e a rotina são normalmente levadas em consideração, – bode expiatório. Eu não acho que sejam elas as culpadas.

Sendo que a rotina é apreciada quase sempre, é a estabilidade e a segurança, é o ninho onde se quer voltar quando já não está. É o certo e nada mais. E as manias são aquelas pequenas coisas que conhecemos, aceitamos e amamos, que achamos graça e com que nos compartilhamos com a pessoa que amamos. Não é aqui que acaba.

O que desgasta são as atitudes irresponsáveis e não as pequeninas. Os “defeitos” de caráter que são donos de um lado e não dos dois. É a mudança na maneira de ver a pessoa com quem se está e não as diferenças. É a falta de atitude de deixar correr em linha reta. Deixa-se de “admirar”, deixa-se de se ter “orgulho” na pessoa que temos ao nosso lado. A partir daí as manias irritam e a rotina sufoca.caminho

Adriana Lima

Imagem: Kurt Halsey

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Borboletas no jardim

27/02/2009

violeta

“No mistério do Sem-Fim,
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de uma borboleta.”

caminho
Cecília Meirelles
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Quero manter o clima atual de bons ventos, serenidade e felicidade por um bom tempo… Feliz. Simplesmente feliz.

Dinah Chershire

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Pinte seu telhado de branco

26/02/2009

Estava assistindo TV agora a pouco, e vi um comercial um tanto interessante.

Trata-se do projeto One Degree Less. A idéia é pintar o telhado da casa ou prédio de branco. Assim, os raios solares são refletidos, ajudando a diminuir o aquecimento global e de sua casa. No site, que em breve terá sua versão em português, mostra algumas soluções com este propósito. Para os mais céticos, há um estudo cientifico no site.

Mais importante do que ter ou gostar da idéia, é pô-la em prática.

Será que funciona?

Fonte:  Vinicius Cruz

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Sim ao sim (parte 3)

25/02/2009

(ou “Como eu sobrevivi à terapia”)

exclBem. Tou viva. Consegui passar uma semana inteira dizendo “sim” e fugindo de enrrascadas pra não dizer “sim”. Rá… sou malander, fia! Tá pensando o q? kkkkkk… Botei à prova meu jogo de cintura.

E, entre mortos e feridos, aceitei ir pra carnaval, fugi de carnaval, pentelhei o vizinho, comi umas gororobas que nem tava a fim (e outras hipercalóricas), espetei os dedos com agulhas umas 500 vezes (não tem jeito, eu sempre espero sem querer), virei noites em claro, li até bula de remédio e só não fiz mais baboseiras porque fui salva pelo gongo. Rará! Afinal, era só uma semana! Ainda bem! Não ia aguentar muito tempo não. Fui até bem disciplinada…

Como eu ando sem muito saco pra escrever, ando lendo muito. E eu pra dizer que estou lendo muito, estou lendo mais do que 2 livros ao mesmo tempo. Acredite. Inclusive, o último post foi um textinho fofo que li na Bons Fluidos desse mês sobre o nascimento da Aline. (Alice também quer uma família assim e um pai corajoso, lindo e fofo como o da Aline.)

Acabei publicando tudo que dava vontade (o tal do sim ao sim). Pintou uma idéia? Faz! Mas eu gosto mesmo de colocar por aqui, tudo que eu acho de legal nas minhas leituras. Uma hora, vai que essa sopa de letrinhas se junta e dá um caldo, né? Na minha cabeça, ela já vem criando uma certa ordem faz algum tempo. Uma mistura de filosofias, pensamentos, embasamentos teóricos e baboseiras (ou não) escritas por amigos via e-mail. e descobertas, como tesouros, no meio de uma ou outra revista. Acho uma delícia essa troca de idéias e experiências. Tem boa utilidade.

E dizer “sim” a algumas coisas até quem nem dói nem é tão ruim. Pode ser bem divertido, afinal de contas. Adotarei a filosofia de estar mais disponível às novidades e ao desconhecido. Mas, por favor, sem radicalismos.

Dinah Chershire

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O dia em que Aline nasceu

24/02/2009

familia

Quando um bebê passa a fazer parte da vida do casal? Para a mãe é na concepção e, para o pai, no nascimento. De Paris, o fotógrafo RODRIGO PATRIANOVA, conta essa história.

“ Paris, 18 de novembro de 2008, pela manhã. Eu e minha esposa, Ci, ansiávamos pelo que aconteceriadentro de algumas horas: achegada de nosso primeiro filho. Malentramos no hospital e ela foi encaminhadapara fazer os preparativosda cirurgia. Dava quase para mordero coração. Sondas foram colocadas:uma para a mãe e outra para o bebê.

Às 11h30, hora oficial da cesariana, somos informados de que outra mãe, que há várias horas tentava ter seu filho naturalmente, seria submetida a uma cesariana de urgência, ocupando assim nosso lugar na sala de cirurgia. 12h45, a porta do quarto é aberta e uma enfermeira nos informa que é chegado o momento. Sendo uma cesariana, eu não poderia assistir. Beijo a Ci, desejo boa sorte e digo coisas como “que Deus te abençoe, boa hora” e tudo de bom que a gente deseja nesses momentos. Ela, já vestida para a operação, me abraça, me beija e pela última vez, somos dois.

Saio do bloco operatório. Dentro da sala de espera, encontro minha sogra, tão ansiosa e agoniada quanto eu. A troca de palavras é mínima. Angústia, apreensão, unhas roídas até o talo, garganta seca, mãos molhadas, um buraco criado no chão de tanto vai-e-vem. Tudo coopera para criar a sensação de ansiedade, jamais vivida com tanta intensidade. Cinquenta intermináveis minutos se passam e alguém abre a porta da sala onde estávamos. Uma enfermeira olha pra mim e pergunta: “Monsieur, êtes vous le père de l’enfant?” (O senhor é o pai da criança?). Respondo que sim.

Entro, então, na ala de operações, todo atrapalhado, e visto a roupa necessária. O corredor, que antes tinha 50 m, parece ter 50 km. Na sala, com o coração palpitando, procuro desesperado, quando vejo, em cima de uma mesinha, recebendo os últimos (ou os primeiros) cuidados… ela, a coisa mais linda que eu já vi!

Pego, pela primeira vez na vida, minha filha nos braços. Os enfermeiros, educamente, saem da sala e nos deixam sozinhos. É ela, é tudo, é alucinante, é a conclusão de nosso projeto mais lindo, é sangue do meu sangue, é parte de mim, é o presente maior que Deus pode nos dar, é a prova concreta e viva do amor que eu e a Ci temos um pelo outro.

Choro! Olho para ela e choro mais, mais e mais. Um choro de felicidade, de “ufa”, de “deu tudo certo”, de “que linda!”, de “minha filha!”, de “obrigado!”. Os últimos detalhes da cirurgia terminam. Posso, enfim, ver a Ci trazendo nossa filha nos braços. Entro na sala de cirurgia: somos três pela primeira vez na vida e, daqui para a frente, para sempre. Choramos os dois. A felicidade é indescritível! Naquela tarde cinzenta parisiense, precisamente às 13h35, nasceu Aline Felizola Patrianova para mudar maravilhosamente a história de nossa vida.”

Fonte: Revista Bons Fluidos Fevereiro/2009

Alice também quer uma família assim. Será que ela vai conseguir?

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Um gato sorridente

24/02/2009

cat_smile

É ótimo se dar conta de certas coisas… Nova fase.
Sorriso de orelha à orelha!
IR-RI-TAN-TE-MEN-TE FELIZ!!!

Dinah Chershire

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Sentidos

22/02/2009

meditacao

“Todo conhecimento passa antes pelos sentidos.”caminho

John Locke

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Pensar é transgredir

20/02/2009

Eu te pergunto: Será que o “você” que você é hoje é orgulho pros que te amam? Será que seus pais, sua avó que já morreu e sua filha que ainda vai nascer se orgulhariam do “você” de hoje? Será mesmo que vale a pena passar por cima de tudo e todos pra conseguir o que se “acha” que é o melhor? Será que eles todos se orgulhariam por tudo que você fez? As coisas boas e as ruins? Ou eles sentiriam vergonha de você? Pense nisso…

Prazer, essa sou eu. Faço das palavras dela as minhas próprias. Da-lhe Lya!

palavras

“Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.

Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.

Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: ‘Parar pra pensar, nem pensar!’

O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.

Sem ter programado, a gente pára pra pensar.

Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.

Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.

Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.

Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.

Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.

Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.

Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

Parece fácil: ‘escrever a respeito das coisas é fácil’, já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.

Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.

Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.

E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.”

caminho
Lya Luft

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Gatos discutindo a relação

19/02/2009

Você acha que o gato é super malander porque já nasceu de bigode? RÁ! Pois fique sabendo que a gata é muuuito mais…

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Sim ao sim (parte 2)

19/02/2009

carnaval_mascaraEstamos bem no meio da semana e minha experiência quase falha no primeiro dia. Dinah é meio demente, sabe? Às vezes esquece das coisas que promete (e isso vale pra tudo, até quando ela promete esquecer aquele ex-namorado FDP que não vale um Big big mastigado). Enfim… já de manhã disse um “não” bem grande quando o despertador tocou… quase atiro ele na parede (maldito!). Mas eu não ia desistir fácil. Persisti.

Meu vizinho sem noção tentou se aproveitar da oportunidade mas eu consegui escapulir dele sem precisar dizer não (Rá!) e mais um espertinho me convidou pra viajar no final de semana. Ok, esse eu até ia se eu tivesse com grana sobrando (mas não é o caso). Mesmo ele bancando as passagens, disse que me sentiria mais à vontade se eu fosse tendo condições de ir só. Ele entendeu e eu também não precisei dizer não.

Também não posso querer ser assim tão radical logo de cara. Se eu for dizer sim sem pensar muito nas consequências eu acabo fazendo coisas fora da lei. Eu não quero ser presa e passar o resto dos meus dias na prisão. Ainda tenho que botar Alice no mundo. Então optei pra dizer sim pra tudo desde que sejam coisas que não seja nem ilegais nem que façam mal aos outros.

E acabou que essa experiência, ainda que esteja no meio e faltem alguns dias, já me trouxe algumas coisas interessantes:

1) Convite para desenvolver um trabalho pra um novo cliente;
2) Uma exposição de fotografia;
3) Fazer algumas encomendas de última hora porque vendeu o estoque todo;
4) Um encontro com um novo amigo;
5) Pessoas novas e interessantes no ciclo de amizades;
6) E até (pasmem!) convites para festas de carnaval!

Você tem idéia do que é isso? Dinah abomina carnaval! Dinah odeia muvuca, deteste multidão! E Dinah vai… Dinah disse “sim”!

Agora, o mais mais disso tudo é que Dinah vai se meter logo em folia grande:

1) Abertura do Carnaval do Recife no Marco Zero;
2) Camarote do Galo da Madrugada. Simplesmente o maior bloco carnavalesco do mundo!

Ok… acho que na próxima semana eu vou adotar a terapia do “não” e dizer não pra todas as coisas. No mínimo, será uma experiência de desapego tremenda… imagina se me oferecem uma viagem à Tóquio com tudo pago!? Eu morro!!!

Dinah Chershire